segunda-feira, 11 de abril de 2011

Atração e Retenção de Talentos (RH)

Atração e Retenção de Talentos¹

Fonte: Google Images


A caça aos talentos está cada vez mais presente no mercado e isso não é novidade. Empresas, de diferentes portes e segmentos, discutem constantemente o título “talento”, tentando identificar quais características esses profissionais têm que os diferem de outros no mercado.
Inúmeras bibliografias já podem ser encontradas e, em cada uma delas, os autores apontam uma definição para talento. Diferenças a parte, maioria deles defende que o talento é facilmente identificado em um grupo de trabalho. Isso porque o profissional que é denominado como um talento possui características diferenciadas e que destoam perante um grupo.
Paulo Costa possui uma vasta experiência em Gestão de Pessoas e, durante uma conversa com alunos, expôs suas considerações sobre o assunto. Para ele, o talento não deve ser rotulado. Paulo acredita que podem existir diferentes perfis de talentos, mas diz que as características fundamentais de um “talento” são o comprometimento e a atitude.
Mais do que competência técnica, o comportamento é a grande diferença que as empresas buscam nos dias atuais. Desenvolver habilidades e conhecimentos específicos é viável e natural dentro de empresas. No entanto, ser comprometido, ter atitude e fazer a diferença, são fatores intrínsecos que não dependem de nenhuma variável externa.
Após o consenso para a definição de talento, profissionais se reúnem para discutir o desafio de atrair esses profissionais. O que eles buscam? O que desperta o interesse dessas pessoas? Como ser competitivo? Os questionamentos são constantes e embasam reuniões longas e, muitas vezes sem conclusão- o que leva as empresas à arriscarem e agirem errado.
Paulo diz que nada é mais simples do que colocar o talento no lugar que ele merece estar. “Acho que o segredo é apanhar as capacidades desse profissional e colocá-lo para desempenhar funções que exijam o uso dessa capacidade no dia-a-dia”, comenta o profissional com mais de 20 anos de experiência liderando pessoas. Paulo complementa dizendo que muitas empresas utilizam o profissional talentoso para desempenhar diversas funções, o que gera desmotivação, já que ele não consegue se aprofundar em sua área de interesse.
Instala-se, então a dificuldade em reter talentos. O mercado está cada vez mais voraz; consultorias de Recursos Humanos caçam talentos em tempo integral e eles, quando encontrados, dificilmente abrem mão de seus interesses, valores e crenças. Não trocam seis por meia dúzia. São ambiciosos, querem posições estratégicas e, por serem bem avaliados e entregarem resultados expressivos, são muito bem remunerados.
Mas, quando atraídos por novos desafios, se sentem motivados para desbravar novos horizontes. Talentos precisam ser desafiados, desenvolvidos constantemente e expostos à novidades. Caso contrário, olham para fora e perdem o encantamento por quem o emprega.
Outro ponto que pode prejudicar a retenção do talento é a má gestão à qual esse profissional está relacionado. O comportamento do Gestor reflete imediatamente na retenção (ou não) das pessoas. Nesse contexto, Paulo defende e acredita que a melhor solução seja a gestão participativa. “O líder precisa conhecer seus subordinados. Não só no dia-a-dia dentro da empresa, ele tem que ser interessado por aquelas pessoas e pelos componentes que às compõem. Conhecer o histórico pessoal, se fazer presente, compartilhar interesses, são peças chave para o sucesso de uma equipe e o desenvolvimento do talento”, argumenta Paulo.
As pessoas passam a maior parte do tempo desempenhando tarefas profissionais. Muitas abrem mão de suas rotinas pessoais para se dedicar ao trabalho. Se essas pessoas não tiverem uma liderança participativa e interessada, acabam perdendo interesse pelo negócio e o mercado se torna mais atraente.
Quem tem um talento na equipe, não quer perder. Quem não o tem, corre para alcançá-lo.  E voltamos ao ponto inicial, essa é a eterna caça ao talento. Aqueles que souberem doutrinar pessoas e se tornarem referências para esse perfil de profissional, obterão sucesso em seus negócios e formarão equipes qualificadas.

¹ Artigo elaborado por Giuliana Hyppolito Marra, para apresentação na Pós Graduação. Abril |2011

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