segunda-feira, 25 de junho de 2012

Bagagem da alma.


Santiago - Chile

Eu amo viajar - e claro que não sou a única. Sempre que saio da "minha base" e conheço um novo lugar, tento absorver o máximo de sua cultura, características e referências.

Fiz uma viagem curta ao Chile. Curta e mais intensa que um longo mês de Maio. De cinco dias em Santiago do Chile, acho que um deles foi "perdido" no trânsito. Andar pelas ruas dessa cidade é complicado, estávamos em 9 e ninguém levou GPS e, quando conseguimos um APP, ele era tão meia boca que mandava a gente pra rua contra-mão.

As horas dentro do carro foram animadas. A rádio chilena é UNA MIERDA, mas de vez em quando ela toca boas músicas - e essas se repetem a cada 2 horas. As ruas são largas, há muitas plazas y rotuuuuuundas, o que naturalmente faz com que a gente erre el camiño... Os bairros se misturam com tamanha facilidade e, quando você vê, deu a volta na cidade e não chegou onde queria.



O povo grita muito. Há garçonetes muito loucas e garçons confusos. Motoristas buzinam o tempo todo, ambulância não corta trânsito e pedestres atravessam a rua como quem observa vitrine num Domingo chuvoso... um verdadeiro caos, mas não há motoboy (o que faz SP ser bem pior...)

Do lado de fora do carro, a Cordilheira como cenário e os Rebeldes pelas ruas - há muitos protestos e manifestações no Chile e os protestantes se vestem de um jeito maluco e, segundo nosso guia local Felipe (amigo de uns amigos), raspam a sobrancelha... não vamos tentar entender, o fato é que é interessante. Cabelos mal cortados, muito preto e casacos longos tomam as ruas...

A cidade tem um tempo muy loco. Chove e faz um frio do cão e, no dia seguinte, céu limpo e sol raiando - mas ainda assim, passei frio.

Até agora não entendi a moeda local e meus cálculos foram todos errados. La tarjeta es mí mejor amiga y voy a rezar...

A uma hora da cidade, estão as Montanhas. Conhecemos El Colorado e Valle Nevado.




Nunca tinha tido contato com a neve. Deitei, rolei e comi, porque eu acho que a gente tem que abusar mesmo dessas oportunidades.
O frio lá em cima é bizarro, ao menos para mim.

Na tentativa de esquiar, briguei com meu namorado no meio da montanha (zero culpa dele, eu só estava com frio e pouca coragem de praticar qualquer movimento) e lóógico que descontei nele. Ainda assim, ele não me deixou desistir, o ski foi um tremendo filho da P. comigo e me machucou, mas eu cumpri a missão. Esquiei, com muitas quedas, mas esquiei!!!






Depois, admirei os amigos curtindo o snowboard, as crianças na aulinha (que eu deveria ter feito) e claro, quase congelei. Mas estava feliz.

A viagem foi cheia de aventuras, conversas, comprinhas, passeios, Taco Bell, risadas e imprevistos. Tivemos muitos pesares e, mesmo assim, todos nós chegamos em Guarulhos felizes por esses dias juntos. Compartilhando emoções, conquistas e aprendizados.


Ah, también?!!??!


Dinheiro nenhum paga o que a gente grava na alma.
Gracias, amigos!
Chiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiile!

sábado, 2 de junho de 2012

Sobrevivemos à mais um mês de Maio!

Quem me conhece sabe o quanto eu e Maio não nos damos bem. É tradição, é de outras vidas, pode parecer loucura e alguns podem achar isso uma tolisse. Mas é FATO. No mês de Maio eu sempre me __DO.

O que mudou de alguns anos pra cá é que agora, estamos no 70-30. Sim, há coisas boas acontecendo no mês de Maio. Elas são poucas, mas são... e isso é motivo de festa, porque sobreviver a 31 (TRINTA E UM, o que custava serem TRINTA??) dias de azar, não dá.

Maio de 2012 foi atípico. Eu vi o pai de um amigo se despedindo dessa vida e vi uma querida amiga e companheira de trabalho também encerrando seu ciclo.
Especialmente com ela, aprendi que não posso achar que "toda vez vai ser a mesma coisa" e que a gente tem que ser feliz no matter what. As poucas horas de conversa que tivemos antes dela voar para o céu me fizeram entender que a gente é muito pequeno diante de dia, mês e hora. A gente tem que ser aqui e agora, porque o amanhã simplesmente pode não acontecer. E chorar pelo leite derramado é coisa de gente UÓ, coisa que eu particularmente não sou.

Essas duas perdas naturalmente já deixaram metade do mês cinza. Mas ter passado por isso também me fez ver o quanto estou forte, consciente do que somos, do que vivemos e do que EU quero ser e viver.

Os outros quinze dias que restaram desse mês foram OK. E um deles foi fantástico, porque eu alcancei mais um objetivo profissional e isso me mostrou que estou no caminho certo. Eu não tenho pressa, eu só quero chegar lá...

Enfim, cá estou. Em junho, mês de aniversário de muitas pessoas queridas, mês de mini-férias, festa junina e vejam vocês... mês de vistoria no apartamento! (Aleluia, Aleluia, Aleluia) - já diria minha avó, antes tarde do que nunca.
Que me perdoem os que adoram Maio, os que nasceram em Maio e os que foram muito felizes nesse mês. Maio está para mim assim como Agosto está para vocês.

E vamos em frente, porque a vida segue e o que eu posso agradecer por ter vivido nesse mês foram as lições que aprendi.

Obrigada, em especial à você Lela, que ainda me enche de saudades, mas que se faz presente em diferentes momentos e lembranças.
E que me faz acreditar que podemos sim encontrar dias melhores, se quisermos e nos permitirmos...

Onde vá, onde quer que vá, vou estar atenta aos teus sinais.