domingo, 12 de novembro de 2017

Africa is not just a place, it is a feeling. Africa defines our soul.

Lua de mel, por si só, já é uma viagem especial. É aquele momento onde você, todo dia, se lembra de algum fato do casamento, revê fotos, resgata memórias e vai reafirmando, a cada novo momento, sua escolha de ter firmado um laço.

A escolha do nosso destino foi tranquila. O plano inicial era Europa, mas por ser inverno, óbvio que eu desisti. Aí alguns amigos indicaram a África do Sul, começamos a ler sobre os possíveis destinos e quando vimos, já estávamos comprando as passagens!

Começamos a viagem em Hoedspruit, destino para os amantes do reino animal e da vida selvagem. As aventuras começam já no voo, feito em um avião pequeno com hélices enormes que me deixaram em pânico - OK, eu já perdi medo de voar... MAS AVIÃO COM HÉLICE EM PLENO SÉCULO 21 já é demais! Bom, em solo, a segunda aventura: nenhuma mala chegou. Embora eu e o Gian estivéssemos tensos com a situação, o fato era tratado com absoluta normalidade pelos funcionários do aeroporto (que mais parece um quintal de casa), então eu coloquei na cabeça que "estava tudo bem" e seguimos para o Lodge. Com nossa roupa do corpo, alguns cobertores do carro e força na peruca!




Escolhemos uma reserva particular para nos hospedarmos, o Elandela Pivate Game Reserve & Luxury Lodge. O lugar, por si só, já bastava por suas paisagens, suítes e beleza natural. Mas nos quatro dias lá, o que mais nos surpreendeu foi a hospitalidade e alegria dos funcionários e o profissionalismo dos Rangers que tornam os Safárias ainda mais incríveis.




A busca é sempre pelos BIG 5 (Búfalo, Leão, Leopardo, Elefante e Rinoceronte), mas confesso que a cada encontro com as girafas e zebras, eu já estava realizada. Vimos bichos que nem sabíamos que existiam, plantas exóticas, aprendemos a reconhecer se o cocô fresco na estrada era de rinoceronte ou de girafa e além dos bichos, conhecemos também um pessoal bem legal da Europa - em especial, um casal que emprestou uma muda de roupas ao saber que nossas malas não chegaram. 🖤🖤🖤

Pra fechar nossa experiência em Hoedspruit, passamos um dia no Kruger National Park, ganhamos um jantar especial, as malas chegaram a tempo e só faltou mesmo ver o Leopardo, mas parece que esse bicho é coisa rara de se ver.




Partimos, então, para Cape Town. Cidade grande, pensei eu: avião grande! Nada disso, de novo aquele teco teco barulhento, mas depois que fiquei a 50 metros de leões e rinocerontes, o que são as hélices né?
Bom, Cape Town é lindo. Diferente de Hoedspruit, que nos remetia muito ao Brasil, aqui já tem mais cara de um país com bagagem inglesa. Cidade conservada, arquitetura e paisagismo muito bonitos e a obra divina que é a Table Mountain cercando a cidade por todos os lados.





Não tivemos muito tempo em Cape, mas o pouco que ficamos foi suficiente para ir aos principais pontos turísticos e para apreciar o pôr-do-sol mais lindo que já vimos até agora. As fotos são lindas, mas não representam a magnitude deste momento...




Acham que Cape Town não teve aventura? RÁ! Teve. Ficamos num flat, sistema self-catering, com uma recepção que mais parecia entrada de clínica médica. Na recepção o Gian ouviu dizer que os funcionários (provavelmente equipe de limpeza) roubaram um hóspede. Apesar da nota boa no booking, comecei a ler alguns comentários e achei mais 3 relatos de roubo... well well well, já era tarde. Estava pago. Decidimos ficar e trancar as malas, tirar tudo de valor do quarto e rezar pra não levarem as malas (já passamos 24 horas sem roupa limpa no Safári, só faltava essa agora)!

Deu tudo certo, malas intactas, todos os pertences conosco e partimos para Stellenbosch, cidade/município/distrito/não sei dizer ... onde tem vinho bom e barato (isso que importa)!
Nos hospedamos no Spier 1692 e gente, o lugar é de tirar o fôlego. Uma suíte maior que meu apartamento, atendimento excelente, degustação de vinho, passeio de bike, uma lojinha tipo a cozinha do MasterChef onde você compra seus ingredientes pra fazer piquenique... e vinho atrás de vinho! Teve mimo de honeymoon, pra tornar essas 48 horas ainda mais inesquecíveis.







Ressaca curada e PÉ NA ESTRADA para uma Road Trip pela Garden Route!

A Garden Route é uma das estradas mais cênicas do mundo, muito explorada por turistas do mundo inteiro e cenários de inúmeros filmes. Aventura não falta, a começar pela mão inglesa e o Gian ligando o limpador cada vez que queria dar a seta... 😆



Paramos em Mossel Bay, Knysna, Plettemberg Bay, Jeffreys Bay e terminamos a rota em Porth Elizabeth.

Mossel Bay - nada a declarar, praia bonita e um farol pra tirar foto. DIZ QUE tem baleia por lá e é fácil de avistar, mas a gente não viu nada, a cidade não nos impressionou e decidimos ir para a próxima parada.


Knysna - cidade fofa! Tem um waterfront famoso - nada que se compare ao waterfront de Cape Town - e uma culinária delicioso. Foi lá um dos nossos melhores jantares e o melhor café da manhã da viagem. Nos hospedamos em um hotel todo de madeira bem bonitinho e depois um apê super gostoso - LÁ VEM AAVENTURA DE NOVO! Deixamos as malas no apê e saímos pra passear... quando voltamos, CADÊ AS MALAS?
Decidiram trocar a gente de apê, levaram nossas malas e só esqueceram de avisar.







Malas recuperadas novamente e seguimos para Plettemberg Bay.

Plett, como é mais conhecida, lembra muito o nosso litoral. Costa linda, várias pousadas, hoteis e cabanas e uma mistura de estilos. Lembrava tanto o Brasil, que fomos comer pizza. Ahahahahhahahaha :)
Ficamos hospedados num hotel/não sei a melhor definição ESPETACULAR, chamado Christiana.




É tipo uma casa, você tem um quarto lindo e usa as áreas comuns. O café da manhã é delicioso, preparado na hora pro hóspede e os funcionários são um show a parte. Extremamente atenciosos e educados.
AVENTURA EM PLETT? Tem também. Gian encontrou uma cerveja americana, comprou todo animado e quando fomos beber... ERA SEM ÁLCOOL!


No caminho da nossa última parada, pit stop para a aventura que o Gian mais esperava: o salto de bungee-jump! O maior bungy de ponte, 216 metros de altura. Já vou começar me defendendo: quem me conhece sabe que não sou medrosa. Já saltei de paraquedas e de bungee-jump (no bungee foram 2 saltos na sequência e eu estava bêbada). Mas eu não tive vontade de saltar.


Só que chegando no pico, me arrependi. Morri de vontade, mas aí tinha ido com uma roupa zero adequada pro salto, acabei ficando como acompanhante e me restou registar os momentos. Gian AMOU e eu prometo voltat e saltar junto com ele - o salto dele foi tão bom, que o instrutor disse que na próxima ele vai de costas! Eu vou de frente :)





Última parada: Jeffreys Bay. O pico dos surfistas, das lojas clássicas de surf (Billabong, Rip Curl, RVCA, Quicksilver), praia lindíssima... e um vento SURREAL. Ventava tanto que a gente não conseguiu ficar 3 minutos na praia, mas tudo bem. Serviu pra conhecermos as lojas e restaurantes e principalmente pra curtirmos a hospedagem.



Escolhemos um pico ROOTS, com banheiro coletivo, uns doidão de chinelo rasgado e bermuda velha, sofá cheio de pêlo do cachorro da galera... mas que nos encantou. Island Vibe Backpackers é a acomodação + recomendada em J-Bay e apesar da simplicidade, dá pra entender: ela reúne gente animada, despretenciosa, de diferentes origens e com um único objetivo em comum: relaxar! Tem um bar que só fecha quando o último sair, bebidas baratas, gente jogando beer pong, pizza, PF, surfista profissional e gente que acha que é surfista... e tinha a gente, em lua de mel, nada surfistas e amando as noites na cabana e o banheiro compartilhado!

AVENTURA? Obviamente. A começar pela ventania, que achamos que derrubaria a cabana. Mas radical mesmo foi ver um cara mijando de porta aberta e fingir que não vi nada. Duas vezes. AMIGO, o banheiro é coletivo mas a porta é pra ser FECHADA. Grata!







Fim de Garden Route! Entregamos o carro em Porth Elizabeth e embarcamos para Joanesburgo, onde passamos uma noite.
Mas não é porque é só uma noite que não vai ter aventura, né?
Faltava eu comprar meus HEETS e fomos até um shopping, de Uber. Achei estranho o motorista da ida perguntar onde eu estava e pra onde eu ia, sendo que essa informação já consta no app. O cara demorou 10 minutos pra chegar e o carro aparecia parado no mapa. Bom, mas fomos e chegamos no shopping.

Comprei meus heets e na volta, CHAMA O UBER! Vários motoristas declinando, cancelando a corrida... até que veio MOHAMMAD, motorista corajoso que nos contou que os taxistas estão em pé de guerra com a UBER. Quebrando carros, impedindo passagem, agredindo até os passageiros. Na saída do shopping, já fomos abordados por um taxista. Mas MOHAMMAD BROTHER falou que eramos FRIENDS e chegamos no hotel são e salvos! Ah, no meio do caminho teve arco-íris...



E a viagem termina assim, amigos. Intactos, com as malas, meus HEETS, muita (MAS MUITA) memória boa, fotos lindas, lembranças de visuais encantadores e muito amanhecer e entardecer pra nossa lista adorada de #SUNSET e #SUNRISE




Dizem que um bom casamento é aquele que é ainda melhor que a festa de casamento. É a convivência diária, as experiências compartilhadas e as descobertas que o amor continuamente proporciona. Voltamos mais unidos, felizes, gratos pela viagem e pelas aventuras... e seguimos curtindo o casamento.

Aqui no Brasil, agora com mais um #SUNRISE especial na nossa recepção. Esse, visto aqui da varanda de casa...




#giuegiandoorkutproaltar #atequeenfimgiuegiu #meandyousettinginahoneymoon

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Do Orkut pro Altar, até que enfim.

💌💌💌UFA!

Passado o final de semana e a saga do dente, agora estou com a “missão cumprida” e vou pro textão.

Começo pela saga do dente, porque é muito simbólica! Nunca tive uma cárie, nunca precisei usar aparelho, nada. Dentista era só pra fazer aquela limpeza. 
Mas em pleno 12 de Outubro, ou seja, 9 dias antes do casamento, tive uma dor de dente que foi se acentuando, inchou a boca e rosto e quando vi, minha gengiva já cobria boa parte do dente. Não contei nem pros meus pais, só o Gian e alguns amigos que viram minha situação no dia sabiam. Como eu já tinha dentista marcado para a semana seguinte, segui meu método tradicional de cura: fé, água e repouso.

Eu sabia que aquilo era uma forma de eu, obrigatoriamente, escolher onde minha energia seria canalizada. O corpo fala e o meu gritou. Na dentista, o diagnóstico: canal.
A dentista é minha cunhada e eu só olhei pra ela e implorei: “pelo amor de Deus, deixa o casamento passar”. E ela deixou. Segui com os cuidados básicos e rezei MUITO pra não voltar a dor, pra não inchar o rosto, etc.

Esses foram meus últimos dias antes de casar, mas a história dessa celebração começa há 10 anos atrás, quando já tínhamos feito nossa escolha de seguirmos juntos.

Absolutamente NADA do que eu pensei sobre 21.10.2017 aconteceu. Foi tudo muito melhor, especial e marcante. Eu ainda não consigo expressar essa mistura de sentimentos, mas parece ser uma receita com muita pitada de amor, alegria, ansiedade e um toque final de expectativas atingidas... Uma receita feita com cuidado, preparada com riqueza de detalhes, pra não desandar.




Dizem que o amor não tem forma, mas vou contar pra vocês que ele tem. Tem hora que vem em forma de sorriso, hora em abraços. Às vezes um grito pra extravasar, uma lágrima ao se emocionar... tudo isso é o amor!
E além de descobrir que ele tem forma, descobri que se renova. De repente me vi mais conectada e apaixonada pelos meus familiares e meus amigos. Expressando mais o quanto eles importam e me esforçando mais para estar mais presente, apesar de todo caos.


De repente me vi olhando pro Gian no meio da madrugada e precisando enxugar as lágrimas. Feliz pela escolha e pela pessoa que dorme ao meu lado - que cara foda! Que sorte a minha!



Ele já fez TANTO por mim, mas não satisfeito foi lá e manifestou seu amor através de lindas palavras em seus votos e através da música. Retomou ensaios com a banda da adolescência e me deu, de presente, um show.

Vou contar um segredo: eu algumas vezes já sonhei em ter um par superstar, ídolo e popular. Acho legal mesmo essa coisa do reconhecimento, da adoração através da arte, do palco... E de repente, me dei conta que meu sonho já foi realizado.
Meu marido é arte pura. É leve, é livre, é de verdade, é autêntico.

Fez até quem não gosta de rock’n Roll gostar!






Nao foi fácil chegar onde queríamos... Casar virou negócio. O casamento vem, geralmente, acompanhado de regras e padrões. NÓS QUEBRAMOS TODOS. 
Não por rebeldia ou desmerecimento aos outros casamentos em que já estivemos, mas porque os padrões de fato não combinam com a gente. Precisávamos colocar a nossa cara em cada detalhe, do all star das crianças, passando pelas bexigas na decoração, do Freddie Mercury substituindo a Marcha Nupcial até a bóia “erótica” que não era pra estar na piscina quando os convidados chegassem, mas estava.




 

E assim, nada foi tratado como negócio. Construímos uma relação diferente com nossos fornecedores, descobrimos afinidades, tivemos negociações tranquilas e ganhamos mimos de muita gente. Ouvimos também deles elogios sobre o nosso dia. Não eram elogios relacionados ao que TINHA , mas ao que FOI; a tudo que ficou MANIFESTADO em nossas palavras, atitudes e demonstrações de amor.

Até que enfim concretizamos um sonho antigo. Quase 10 anos de namoro e nosso matrimônio veio para encerrar um ciclo fundamental em nossas vidas e dar espaço a novos tempos. 
Novas experiências. 
Novos sentimentos. 


E voltando à história do dente, ouvi muita gente dizer que nossos sorrisos estavam radiantes (particularmente, é um puta elogio pra alguém que estava prestes a fazer um canal).

Como passei a acreditar que o amor tem forma, também descobri que o amor CURA.
Ele tem o poder de preencher um espaço enorme na vida das pessoas e fazer com que nenhuma dor seja maior ou mais percebida do que essa sensação de estar bem. De ser feliz.

Vou acreditar que, por um bom tempo, Gian e eu seremos mesmo as pessoas mais felizes desse mundo. Nos reservamos ao direito de sermos exageradamente felizes e realizados e seguiremos compartilhando o amor, because “All We Need is Love”!


 

LAST, BUT NOT LEAST, meu agradecimento especial aos meus pais, que colocaram a mesma (ou até maior) dose de amor que coloquei pra fazer tudo do jeitinho que imaginamos. Sei que esse sonho era compartilhado





E nosso eterno “obrigada” para Giu e Mau, que nos brindaram com uma cerimônia sublime, verdadeira e muito emocionante. Eles não vivem disso, foi a primeira vez, mas quando algo é feito com amor não tem como sair diferente. Vocês deixaram qualquer padre no chinelo e como já disse, queria mergulhar em cada vírgula e palavra. Encantaram a nós e muitos convidados!
 

 

Arrependimentos? Tenho três:
O primeiro foi ter, durante o caos de preparativos, aconselhado alguns amigos a não casar, porque era caro e dava muito trabalho para organizar. 
Retiro meu conselho: casem. Se acreditam no matrimônio, casem SIM! Só agora concordei com a propaganda da Mastercard - eles estavam certos, tem coisa que dinheiro nenhum paga.

O segundo arrependimento foi não ter comido. Deixei passar o jantar e doces. Só ataquei uma bandeja de coxinhas na madrugada. Mas em compensação, provei TODAS as bebidas...

E meu terceiro arrependimento foi não ter colocando band-aid nos pés no começo da festa. 
Vacilei!


 
Com amor, alegria, afeto e alívio
The Bride
#doorkutproaltar #atequeenfimgiuegian 

P.S: Te amo, meu amor.
P.S 2: Canal feito.