Eu não sou nova no mundo do blog. Acontece que meu outro blog, na verdade, não é meu. Eu que fiz, eu que cuido e crio. Mas lá eu não falo de mim. E aqui eu vou falar de mim.
terça-feira, 2 de agosto de 2011
A arte de OUVIR.
Há alguns dias venho refletindo sobre pontos podres da humanidade. Não à toa, com tanta notícia ruim que os jornais e outros meios de comunicação jogam na nossa cara, é verdade que fica um pouco difícil pensar no que há de bom.
Mas, acho que de todos os males que fazemos não só ao mundo, mas à nós mesmos, o maior está em falarmos demais e ouvirmos de menos.
Algum sábio por aí já dizia "Deus deu uma boca e dois ouvidos porque devemos falar menos e ouvir mais..." . Isso, de fato, não deveria ser só um ditado, ou um provérbio esquecido no tempo. Deveria ser o nosso lema de vida.
Com o passar dos anos, com o aumento das responsabilidades, com as urgências da vida, preferimos falar, gritar, escrever, teclar, psicografar... mas desvalorizamos a escuta.
Agimos sem pensar.
Explodimos.
Mandamos SMS para encerrar relacionamentos.
Escrevemos e-mail para pedir desculpas.
Falamos pelas paredes.
E tudo isso, porque não estamos ouvindo à nós mesmos. Deixamos de lado nossas sensações, nossos pensamentos e reflexões. É como se o dosador do whisky não viesse com a garrafa, e a gente vai enchendo o copo sem saber o limite. Naturalmente, corremos o risco de deixar transbordar.
E assim, cometemos os maiores erros da nossa vida. Falamos demais, não respeitamos os nossos limites (muito menos os dos outros), queremos, buscamos e exigimos demais. Quando deixamos de ouvir o que REALMENTE PRECISAMOS.
Pouco nos conhecemos, pouco conseguimos ter certeza das nossas buscas, das nossas ambições. Porque a gente quer tudo e quer agora. E por isso, saímos falando, na esperança de alguém jogar no colo o que nem nós mesmos conseguimos encontrar.
Saber ouvir é um desafio diário. Ouvir à nós e ouvir aos outros. Deixar que te falem, que te orientem, que te dêem a mão, não é vergonha nem pecado. O aprendizado e o crescimento deveriam vir pelas experiências e pelos (bons) exemplos. Não pelos tombos.
Mas a gente tem a péssima mania de sempre achar que sabe tudo, né?!?!
"Aham, senta ali Claudia..."
Imagens: Google Images.
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