segunda-feira, 9 de maio de 2011

Eu x Minha intuição

Vivo uma relação de amor e ódio com a minha intuição.
Tem horas que eu acho que ela é foda, praticamente salvadora da pátria (da minha, pelo menos). Mas tem horas que ela não é bem vinda e fo.de a minha pátria.

Vivi duas fases intensas com a minha intuição. A primeira, foi quando ela começou a florescer. Não tem nada de assombração, não confundam o que eu vou falar... mas era uma voz me dizendo "vai, não vai, encara, desiste, xinga, abraça..." Nessa época, lembro que não deixava de fazer nada que a minha razão mandava. Até porque, quando eu era "jovenzinha", achava maior papo esse lance de "segue o coração...". Bicho, pra mim, coração era órgão. E só.

Mas aí comecei a vinvenciar a segunda fase, que veio com a minha maturidade. Comecei a dar bola pra intuição. E aí, ferrou-se tudo. Agora é raro eu usar a razão e, antes que alguém venha sugerir que eu faça terapia, pode deixar que eu já sei que esse não é (nem sempre) o melhor caminho.

Hoje, eu vivo uma terceira fase. Que é saber separar intuição de fatos, coração de razão, loucura de sanidade, ou como quer que a gente possa chamar esse estado emocional mucho louco...
A minha intuição está cada vez mais "trabalhada na sensibilidade", o que de vez em quando, me prejudica. A minha intuição me fez deixar de fazer uma viagem, por exemplo.

O fato é que aí eu concordei com ela. Tem horas que aqui dentro, eu aplaudo de pé essa maluca que me acompanha. Tenho vontade de falar "obrigada, gata, chegou na hora certa, te devo essa."

Mas olha, tem horas que eu abro a porta, abro todas as janelas, bato a cabeça na parede, e a desgraçada não vai embora. É um velcro macho doido pra atrair o velcro fêmea. E eu aprendi na terapia corporal que a gente não pode "pegar" tudo que se passa. O coração, que antes eu julgava ser apenas um órgão, é o senhor da razão. Olha só que coisa maluca.

O coração é o senhor da razão, e a gente tentando separar os dois.

"Canta o que não silencia, é onde principia a intuição... e hoje quem não cantaria, grita poesia, bate o pé no chão." (Oswaldo Montenegro) 

Vivo inúmeras crises com essa intuição. Me pego conversando com ela, discutindo, recriminando e condenando. Transfiro pro meu dia-a-dia, às vezes me pego viajando num lance que, de fato, só existe no plano mental e tá longe de acontecer... Cara, acho um absurdo um fator invisível ser inteiramente capaz de me fazer acreditar no que nem sequer aconteceu. É ridículo!

Mas é real. E quem vive intensamente, sabe do que eu tô falando.
Difícil é administrar isso.
Eu já perdi as contas, mas acho que esse jogo está empatado - o que me deixa feliz!

E eu nem entrei no detalhe de que estou falando, aqui, de uma intuição feminina... o que torna o caso ainda mais grave!

....

Ésó minha intuição!
Good night

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